quinta-feira, março 30, 2006

Ensaio sobre a delicadeza e desculpas esfarrapadas

Esse simpático cordel foi lido pelo Ministro Giberto Gil na aula inaugural da Escola de Comunicação da UFRJ, quando falando sobre o padrão de TV digital a ser adotado no Brasil, que esta (estaria?) entre os sistemas japonês (ISDB), europeu (DVB), americano (ATSC)e uma pequena minoria xiita que quer desenvolver um padrão nacional:

"Três modelos são usados/ em países estrangeiros./ Falta agora o brasileiro/ que já vem sendo estudado,/ mas não é incentivado pelo ministro Hélio Costa/ que com uma conversa bosta/ 'só quer saber da imagem'/e do que traz de vantagem/ o comércio de resposta./ Hélio já quer escolher/ o modelo do Japão./ E nós, a população,/ queremos compreender/ por que não desenvolver/ um modelo brasileiro/ e trocar com o estrangeiro/ a nossa experiência?/ É preciso paciência,/ não pode ser tão ligeiro./ Nossa tecnologia/ poderá desenvolver/ um modelo de TV/ que nos dê soberania,/ impulsione a economia/ pra benefício geral/ e a política industrial/ tomará um novo impulso,/ mas é preciso ter pulso/ pro sonho virar real"

Bueno, no dia seguinte e depois do bafafá rolar o país (inclusive e principalmente na Folha de São Paulo de onde este humilde blogueiro foi buscar informações) o Ministro-Cantor-Compositor-Baiano apresentou a seguinte nota:

"Fora do contexto a leitura pode parecer uma indelicadeza com o ministro das Comunicações, Hélio Costa. No entanto, o ministro Gilberto Gil esclarece que não foi essa sua intenção e que não conhecia a íntegra do conteúdo do cordel"
Gil informou ainda que se deu conta das referências a Hélio Costa durante a leitura do texto e preferiu não censurá-lo, já que se tratava de uma aula sobre democracia e que "enquanto ministro do governo, chamava a atenção para se construir uma cultura de escuta e tolerância mesmo quando as críticas e manifestações ultrapassam certos limites. O ministro Gilberto Gil reitera o seu pedido de desculpas ao ministro Hélio Costa, que se mostrou ofendido por não ter conhecimento dessa contextualização."


Certo. Então, tá. Agora sou eu que cito o Gil: Aquele abrrrrrrrraço!

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