Eleições 2006 - parte 1

No auge da minha pretensão - e talvez mais que isso, na minha fé que haverá leitores e eu consegurei manter uma regularidade, começa oficialmente aqui a série ELEIÇÕES 2006.

Vamos começar com uma pergunta: será a Heloiza Helena o Sílvio Santos do Alckmin?

Pra quem tem menos idade ou memória que eu, vamos lá: em 1989, o apresentador Silvio Santos resolveu-se (?) por concorrer a Presidencia da República; sua primeira opção era o PFL, partido a qual era filiado, mas acabou perendo a vaga pra Aureliano Chaves. Inconformados, Silvio Santos e a parte do PFL que o apoiava procuraram o Partido Municipalista Brasileiro e literalmente compraram a vaga do seu fundador, o pastor evangélico Armando Correia.

Bueno, e o Covas com isso? O que passou é que no momentum (*) da campanha que o então candidato do PSDB começava a ganhar corpo, toda atenção da mídia foi pro Homem do Baú... e lá se foi o tal do momentum, deixando-o em quarto lugar no fim das contas. Não dá pra dizer que foi isso que determinou o resultado da eleição, mas inegavelmente influiu.

Isso é bom? É ruim? Não sei, no fim das contas a pergunta nem é se é bom ou ruim, mas se é bom ou ruim pra quem. Muita gente diz que é bom pra democracia, que o PSOL quebra o "Fla-Flu da politica"que é PT-PSDB, que ela é sim uma candidata que pode ser uma propostal alternativa (o que diabos isso signifique). Mas também é ruim para a oposição de uma maneira geral, porque na opinião deste humilde escriba o maior beneficiário do crescimento da Heloisa Helena vai ser o próprio Presidente Lula, que pelo andar da carruagem vai levar no primeiro turno, mesmo.

E se você leu até aqui, comenta, cacildis!

(*) Momentum eu aprendi esse ano, assistindo a campanha a Presidente do democrata Matt Santos em The West Wing. Abrrrraço.